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Alagoas assume papel central na formação da União Progressista

Superfederação reúne União Brasil e PP, sob coordenação estadual de Arthur Lira, e promete redesenhar cenário político

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Deputado federal Arthur Lira comanda a superfederação partidária União Progressista em Alagoas
Deputado federal Arthur Lira comanda a superfederação partidária União Progressista em Alagoas | Foto: Divulgação

A oficialização da União Progressista, superfederação formada pelo União Brasil e Progressistas, coloca Alagoas no centro das articulações nacionais. O comando estadual ficará sob a responsabilidade do deputado federal Arthur Lira (PP), ex-presidente da Câmara, mantendo o peso do estado dentro da maior força política do País. Com sete deputados estaduais, cinco federais e mais de vinte prefeitos, a nova composição já nasce como a segunda maior frente partidária de Alagoas, com potencial de influenciar diretamente as eleições de 2026.

Em Brasília, Lira destacou, durante a cerimônia de criação da federação, a importância do diálogo entre as legendas.
“O que essa federação partidária levará sob seus ombros é ser a maior congregação política na Câmara e no Senado hoje e amanhã. Eu não tenho dúvidas de que cresceremos nas eleições de 2026 pela responsabilidade, pela firmeza, pelo rumo e pelo trato dos nossos comandantes da federação. O diálogo está impregnado na essência desses dois partidos políticos, que continuarão dialogando, que continuarão conversando”, afirmou.

A União Progressista nasce com números robustos em todo o país: 7 governadores, 14 senadores, 109 deputados federais, 190 estaduais, 1.335 prefeitos e mais de 12 mil vereadores. Além disso, detém cerca de R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões do partidário em 2024, consolidando-se como a maior superfederação da história política brasileira.

Em Alagoas, a coordenação de Lira reunirá lideranças expressivas, como os deputados estaduais Francisco Tenório, Gabi Gonçalves, Rose Davino e Ângela Garrote, pelo PP, além do Delegado Leonam Pinheiro, Mesaque Padilha e Lelo Maia, pelo União. Já na Câmara dos Deputados, além do próprio Lira, a bancada alagoana conta com Delegado Fábio Costa, Daniel Barbosa, Marx Beltrão e Alfredo Gaspar.

Para o vereador por Maceió, Thiago Prado (PP), líder da bancada progressista na Câmara Municipal, a formação da superfederação é uma resposta ao atual cenário nacional.
“A união entre partidos tem se consolidado como uma forte tendência no Brasil, especialmente entre as legendas de direita, reunindo grandes lideranças nacionais, como Arthur Lira, ACM Neto, Alfredo Gaspar e o próprio presidenciável Ronaldo Caiado. Sou a favor dessa aproximação, pois representa um passo importante para o fortalecimento da direita no cenário político, com reflexos não apenas na Câmara dos Deputados, mas em todo o país”, ressaltou.

Ele reforçou ainda que a União Progressista deve se posicionar de maneira independente em relação ao governo federal.
“Está descartada a possibilidade de a superfederação permanecer no governo Lula. E evidentemente o governo Lula jamais terá o meu apoio pessoal. Penso que o Brasil caminha para escolher um presidente de direita que não seja extremista”, afirmou Prado.

O deputado federal Alfredo Gaspar (União) também defendeu uma postura de oposição, sem perder a coerência.
“A oficialização da federação não altera minha postura política. Continuarei exercendo meu mandato de forma independente, coerente com os princípios que sempre me guiaram. Minha trajetória sempre foi pautada pela justiça, pelo combate à corrupção e à violência, além da busca do bem das pessoas. Continuarei sendo oposição consciente ao governo federal, fiscalizando suas ações e denunciando qualquer forma de corrupção”, declarou.

Já o deputado estadual Mesaque Padilha (União) preferiu adotar cautela quanto aos efeitos locais da nova composição.
“Vou aguardar como se dará a composição e as discussões no âmbito local. Eu sou um parlamentar de direita, com posições firmes e princípios conservadores. Não sou extremista e tenho uma voz equilibrada, ao ponto de conseguir dialogar com o governador do Estado e com o município de Maceió, mesmo com eles tendo visões ideológicas divergentes. Está cedo para falar sobre esta composição e, até 2026, quando a janela partidária abrir, eu decido qual será o meu posicionamento”, pontuou.

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