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Movimentação de JHC com Albuquerque e Davi Davino reacende disputa pelo governo

Encontros alimentam especulações sobre possível candidatura do prefeito de Maceió em 2026

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Prefeito JHC apareceu nesta semana nas redes sociais ao lado do ex-deputado estadual Davi Davino Filho, do Republicanos
Prefeito JHC apareceu nesta semana nas redes sociais ao lado do ex-deputado estadual Davi Davino Filho, do Republicanos | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O silêncio estratégico do prefeito de Maceió, JHC (PL), foi quebrado nesta semana com dois encontros que mexeram nos bastidores políticos de Alagoas. Em registros publicados pelo próprio gestor nas redes sociais, ele apareceu ao lado do deputado estadual Antônio Albuquerque (Republicanos) e do ex-deputado Davi Davino Filho, do mesmo partido. A movimentação animou aliados e reacendeu especulações sobre uma possível candidatura em 2026.

Nos bastidores, apoiadores de JHC reforçam que o prefeito “nunca saiu do jogo” e que não existe acordo costurado em Brasília que o teria levado a abrir mão da disputa em troca da indicação de sua tia Marluce Caldas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O próprio senador Renan Calheiros (MDB) negou qualquer entendimento desse tipo.

Em entrevista à Rádio CBN, Renan foi direto ao rechaçar a narrativa de que a escolha da nova ministra do STJ teria sido fruto de barganha política. “Não participamos de acordo, não defendemos acordo, nem avalizamos acordo nenhum envolvendo nomes para o Senado ou para o governo. Se algum setor do governo fez acordo, fez sem nos consultar, o que é uma desconsideração e rasga os próprios manuais da convivência política”, afirmou o senador.

Renan também destacou que a nomeação de Marluce foi técnica. “Ela preenchia com sobras os requisitos de notório saber jurídico e de reputação ilibada. Não foi uma escolha política, foi uma escolha técnica do Presidente da República”, frisou.

Entre as movimentações da semana, o encontro com Antônio Albuquerque tem peso especial. Em seu oitavo mandato consecutivo, o deputado estadual vive um momento de desgaste, com perdas importantes em sua base no interior, a exemplo de Messias e Belo Monte. Apesar disso, tem reforçado a aliança com JHC, mantendo a indicação do genro no comando da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária.

A parceria com o prefeito de Maceió é vista como estratégica: fortalece Albuquerque na capital e amplia a rede de apoios de JHC, que já conta com Progressistas, Podemos e União Brasil em sua administração.

O outro encontro da semana foi com o ex-deputado Davi Davino Filho, que já disputou a prefeitura de Maceió e uma vaga no Senado. Aliados dão como certo que ele tentará novamente o Senado em 2026. Após a reunião, Davi foi enfático ao ser questionado pela imprensa: “Estaremos juntos na próxima eleição. Ele [JHC] é meu candidato ao governo”.

A declaração foi suficiente para provocar ruído entre analistas que apostavam na existência de um “acordão” em Brasília. Nas redes sociais, aliados do prefeito celebraram a foto publicada com Davi, interpretando-a como um gesto de que JHC continua no tabuleiro para a sucessão estadual.

Do outro lado, o MDB, do Governador Paulo Dantas e de Renan Calheiros, segue robusto, com apoio de partidos como PDT, PSB, Solidariedade, PSD, PT e PCdoB. A estratégia, em caso de não se ter acordo em Maceió, pode ser lançar múltiplas candidaturas para forçar um segundo turno.

A mais provável é a de Renan Filho, que já avisou ter interesse em se afastar do Ministério dos Transportes até abril do ano que vem.

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