Deputados alagoanos explicam constantes mudan�as de partido

A classe política alagoana considera ótima a flexibilização da legislação eleitoral que permite, sem burocracia, a mudança de partido. Eles argumentam que o ideal seria a Justiça Eleitoral considerar eleito os candidatos mais votados, independentemente de legenda partidária e que, como isto não é, ainda, uma realidade, causa a migração entre partidos. O deputado estadual Délio Almeida, por exemplo, com oito anos de vida política, começou no PRP, em 94. No segundo mandato de deputado estadual estava no PSD, que se coligou com o PSB há quatro anos. Flexibilidade No começo deste mês, Délio mudou para o PTB, juntamente com mais 14 parlamentares, se coligando ao frentão, que faz oposição ao atual governo. “Essa flexibilidade é uma coisa boa, dentro do processo democrático. O importante é cada político manter sua postura ideológica, assumindo, de forma prioritária, as propostas apresentadas durante a campanha”, frisou Délio, lembrando sua plataforma política, que é centrada, basicamente, nas ações de promoção da saúde. Já a deputada estadual Lucila Toledo, também com oito anos no cargo, foi eleita para o primeiro mandato pelo PSC (Partido Socialista Cristão), depois passou para o PFL (Partido da Frente Liberal e, após alguns desentendimentos com o presidente do partido, foi para o PPB (Partido Popular Brasileiro. Votos “Lá eu precisaria de 100 mil votos para me reeleger, então saí. Tá tudo errado. Hoje, no PTB, consigo a reeleição com cerca de 15 mil votos. Acredito que vou conseguir, devido, principalmente, ao meu trabalho na área social, que tem amplo alcance”, observou. Gervásio Raimundo, outro parlamentar com passagem por vários partidos, iniciou a carreira na extinta Arena, ainda em Palmeira dos Índios, como vereador, até passar para o PL em 90, quando conquistou o primeiro mandato de deputado estadual. Na eleição de 98 o parlamentar entrou no PTB, hoje coligado com o frentão. O deputado Francisco Carvalho, o Chicão (PSDB) está há oito anos no partido tucano e diz que não pretende mudar. “Concordo que a legislação deveria ser mudada, para que os 27 deputados mais votados fossem eleitos. Contudo, defendo que os políticos devem permanecer, até o fim do mandato no partido pelo qual ele se elegeu”, ressaltou.