O secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, admitiu ontem que o programa “Comunidade Alerta”, da Polícia Militar de Alagoas, é ilegal. No entanto, ele disse que vai buscar uma alternativa para não interromper o canal de comunicação entre a população e a polícia, que ele considera “extremamente importante”. “De fato, não há previsão legal nesse programa, mas esse contato que a população tem com a polícia é fundamental, agiliza a ação policial”, afirma. Rubim entende que “em qualquer circunstância que a chamada ocorra e em qualquer lugar que seja, tanto a Polícia Militar quanto a Civil tem o dever de atender. Esse pessoal [os estabelecimentos que dispõem de radiocomunicação] seriam multiplicadores de informação, mas da forma como está sendo feito, o serviço é ilegal”, afirma. ### Empresas já pensam em demitir Diretora de uma das empresas de radiocomunicação, a empresária Janaina Saraiva de Melo diz que as demissões serão inevitáveis com a decisão do Conselho Estadual de Segurança de extinguir o programa Comunidade Alerta”. “Para o sistema funcionar, fizemos investimentos, contratamos funcionários, já que o serviço opera 24 horas por dia. Mas, infelizmente, vamos ter que demitir”. Ela não vê nenhuma ilegalidade no programa, segundo a qual “ajudou a diminuir a criminalidade em Maceió”. “É preciso não deixar Alagoas à mercê dos bandidos. Se em outros Estados o programa existe, por que aqui não pode?”, questiona a empresária, ao negar que o Comunidade Alerta seja para a área nobre. “Tenho 170 empresas cadastradas na empresa. Dessas, muitas estão no Jacintinho, Eustáquio Gomes, Clima Bom, Tabuleiro, Bebedouro, Feitosa e no Trapiche”, diz. ///