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CPI aprova chamar ministros de Lula, Tarcísio, Castro e outros governadores

Comissão que investigará crime organizado terá o senador Fabiano Contarato como presidente

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Senador Fabiano Contarato (centro) foi eleito ontem presidente da CPI do Crime Organizado, e Alessandro Vieira (dir) será relator
Senador Fabiano Contarato (centro) foi eleito ontem presidente da CPI do Crime Organizado, e Alessandro Vieira (dir) será relator | Foto: Andressa Anholete / Agência Senado

A CPI do Crime Organizado aprovou ontem o plano de trabalho do relator, Alessandro Vieira (MDB-SE), e o convite a ministros do governo Lula e a governadores.

Foram aprovados os convites para comparecer a audiências governadores como Clécio Luís (AP), Jerônimo Rodrigues (BA), Raquel Lyra (PE) e Elmano de Freitas (CE), com seus respectivos secretários de segurança, de estados considerados menos seguros. Jorginho Melo (SC), Ratinho Jr. (PSD), Eduardo Leite (RS) e Ibaneis Rocha (DF) também foram chamados, como estados considerados seguros.

Tarcísio e Castro serão convocados porque seus estados são sede do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do CV (Comando Vermelho). Ambos são de oposição, eleitos com apoio direto de Jair Bolsonaro, e fazem críticas à política de segurança pública de Lula e da esquerda.

Entre os ministros chamados, estão Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (Defesa). Além deles, foram convidados Andrei Passo Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, e Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Do Ministério da Defesa, a CPI quer informações relacionada à fronteira. O relator deseja saber como é feita a fiscalização da entrada de armas no Brasil e estatísticas e relatórios de inteligência sobre atividades criminosas nessa área.

Já o Ministério da Justiça tem em seu guarda-chuva a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal). O objetivo é acessar as informações que as duas corporações reuniram ao longo do tempo e conseguir mapear as atividades das facções.

Na sequência, os governadores falam à CPI. O relator ressalta que pode haver alteração nessa ordem porque se trata de autoridades com agenda apertada.

ESPECIALISTAS E JORNALISTAS

O senador incluiu “profissionais que atuam na comunicação relacionada a crimes, jornalistas investigativos, comentaristas e consultores”. Ele listou Josmar Josino, do UOL, Rafael Soares, do Globo, Cecília Olliveira, do Instituto Fogo Cruzado, Bruno Paes Manso, pesquisador da USP, Alan de Abreu, da revista Piauí, e Rodrigo Pimentel, consultor em segurança pública e ex-capitão do Bope no Rio.

COMPOSIÇÃO

A diretoria da CPI foi eleita ontem. A comissão foi instalada com vitória do governo, que conseguiu emplacar por um voto o nome de Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente. O senador Alessandro Vieira, também da base governista, foi eleito como relator, com Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como vice-presidente.

A CPI pretende combater o crime organizado e vai durar 120 dias, com foco no Comando Vermelho e no PCC (Primeiro Comando da Capital). Serão investigados a estrutura, o funcionamento e a expansão das facções. A comissão pode ser prorrogada por mais 60 dias.

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