Infraestrutura
Arco Metropolitano muda cenário urbano e rodoviário da Grande Maceió
Com viadutos e pontes, projeto é apontado como um novo eixo de desenvolvimento viário e econômico
As obras de duplicação da BR-424/AL, no trecho conhecido como Arco Metropolitano de Maceió, avançam em ritmo intenso e já começam a transformar a mobilidade urbana e o sistema rodoviário da Região Metropolitana da capital. Com 16,2 quilômetros de extensão, entre os km 92 e 108,2, o projeto conecta os municípios de Marechal Deodoro, Santa Luzia do Norte, Satuba e Pilar, promovendo maior fluidez no trânsito, segurança viária e integração logística em toda a Grande Maceió.
Executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a obra representa um dos maiores investimentos federais em Alagoas nos últimos anos, com aporte estimado de R$ 252,7 milhões. A previsão é de que, até abril de 2026, dez quilômetros da duplicação estejam prontos para o tráfego, incluindo os viadutos do Polo Industrial e da BR-316.
O Ministro dos Transportes, Renan Filho, afirma que o projeto entrou na fase mais intensa de execução. “As máquinas estão a todo vapor. O pessoal tá fazendo a terraplanagem, já levantando os viadutos, montando centrais de produção de concreto. Tá virando um canteiro de obra gigante. Quando esse arco metropolitano ficar pronto, vai melhorar demais o trânsito de Maceió, tirar os veículos pesados do tráfego no centro da cidade e ligar as regiões sem atrapalhar o trânsito da nossa capital. E já já a gente vai começar a duplicação da BR-316, do viaduto da Polícia Rodoviária Federal em Maceió até a cidade de Pilar”, destacou. “Investir em rodovia significa apostar no desenvolvimento do Estado. As obras vão desafogar o trânsito, fortalecer o turismo e melhorar a vida das pessoas”.
Considerado essencial para o chamado anel viário da Grande Maceió, o Arco Metropolitano ligará a duplicação da BR-424 à AL-220 até a região da Chã do Pilar, onde se conecta com a duplicação da BR-316. Essa segunda etapa seguirá do viaduto da PRF até o trecho conhecido como “Trevo da Morte”, já na BR-101, no município de Pilar.
FRENTES DE TRABALHO
Atualmente, três frentes de trabalho estão ativas no canteiro: terraplenagem, drenagem (com instalação de bueiros) e construção de obras de arte especiais, como viadutos e pontes. O DNIT estima entregar, até o fim de 2025, oito quilômetros de terraplenagem e quatro quilômetros da sub-base de concreto.
O projeto inclui, além da duplicação da pista, a recuperação da rodovia existente e a construção de estruturas fundamentais para o tráfego pesado da região.
Estão previstos os viadutos no entroncamento com a BR-316 e no Polo Industrial – no entroncamento com a AL-101 Sul –, o alargamento e a restauração da ponte sobre o Rio Remédio e a construção de uma nova ponte no local.
Também serão implantadas vias marginais no entorno do Polo Industrial, melhorando o fluxo logístico e aumentando a segurança no tráfego de cargas.
BENEFÍCIOS
Com impacto direto sobre o dia a dia de quem transita entre os municípios da região, a obra beneficiará mais de 13 mil veículos por dia, desafogando corredores urbanos de Maceió e facilitando o escoamento da produção e o acesso a polos turísticos de Marechal Deodoro e Pilar. O projeto é apontado como um novo eixo de desenvolvimento viário e econômico para o Estado.
Apesar dos avanços, a obra enfrenta desafios técnicos como interferências em redes de energia, oleoduto, etenoduto e gás, além de desapropriações ainda em curso. Ainda assim, o cronograma segue em execução e a transformação do cenário urbano da Grande Maceió já é visível para quem trafega pela região.