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Superfederação

Forte em Alagoas, União Progressista reposiciona forças

Oficializada no TSE, federação reúne cinco deputados federais, sete estaduais e mais de 20 prefeitos no Estado

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Federação União Progressista foi oficializada na quarta-feira (3), com pedido de registro no TSE
Federação União Progressista foi oficializada na quarta-feira (3), com pedido de registro no TSE | Foto: Divulgação

Alagoas passa a ocupar posição de destaque no novo desenho da política nacional com a criação da Federação União Progressista, oficializada nessa quarta-feira (3), com o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No Estado, a federação já nasce como uma das maiores forças políticas, reunindo cinco deputados federais, sete deputados estaduais e mais de 20 prefeitos, além de concentrar lideranças estratégicas para as eleições de 2026.

A federação une o União Brasil e o Progressistas (PP) e também marca o rompimento definitivo das duas siglas com o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No plano nacional, a União Progressista passa a concentrar um peso político expressivo, reunindo seis governadores, 12 senadores, 108 deputados federais, quatro vice-governadores, mais de 200 deputados estaduais ou distritais, cerca de 1.400 prefeitos, 1.183 vice-prefeitos e 12.398 vereadores. Em termos financeiros, a federação também se torna a mais poderosa, com R$ 953,8 milhões em Fundo Eleitoral e R$ 197,6 milhões em Fundo Partidário somente em 2024.

Ela funcionará como uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, com atuação política conjunta “como se um único partido fosse”, inclusive nas eleições e no funcionamento do Legislativo, embora União Brasil e PP mantenham suas identidades e autonomia interna.

Em Alagoas, a União Progressista já estreia com grande musculatura política e tende a ter papel decisivo nas disputas municipais e estaduais dos próximos anos. A federação contará com sete deputados estaduais — Francisco Tenório, Gabi Gonçalves, Rose Davino e Ângela Garrote, pelo PP, além do Delegado Leonam Pinheiro, Mesaque Padilha e Lelo Maia, pelo União Brasil.

Na Câmara dos Deputados, a bancada alagoana será composta por cinco parlamentares: Arthur Lira, Delegado Fábio Costa, Daniel Barbosa, Marx Beltrão e Alfredo Gaspar. No campo municipal, a federação já soma mais de 20 prefeitos, consolidando-se como a segunda maior força política em número de gestores no estado.

O estatuto da federação estabelece uma estrutura própria de comando, com direções nacional, estaduais e municipais, todas com mandatos de quatro anos. As decisões políticas mais relevantes passam por um modelo rígido de consenso no plano nacional, onde presidente e vice-presidente precisam deliberar de forma unânime.

Até o fim de 2025, a federação será comandada em regime de copresidência por Antonio Rueda, pelo União Brasil, e Ciro Nogueira, pelo Progressistas. A partir de janeiro de 2026, Rueda assume a presidência e Ciro Nogueira a vice-presidência, com mandato até 2029. Em Alagoas, conforme a regra transitória, o PP indicará a maioria dos membros da Direção Estadual, enquanto o União Brasil ficará com parte das vagas, refletindo o equilíbrio interno da federação no estado.

Outro ponto central do estatuto é que, em caso de divergências entre União Brasil e PP sobre candidaturas, a decisão final caberá à convenção da federação, que terá poder soberano para definir coligações e candidatos tanto nas disputas majoritárias quanto proporcionais. As chapas proporcionais deverão, sempre que possível, ser formadas com candidatos dos dois partidos, garantindo participação mínima de 30% para cada legenda e respeitando também a cota de gênero.

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