Caso Master:
Polícia Federal também teria sofrido pressão de Moraes
Segundo colunista da Folha de S.Paulo, informação estaria circulando entre banqueiros e autoridades


Informações publicadas ontem na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, revelam que banqueiros e autoridades em Brasília afirmam ter ouvido de integrantes da Polícia Federal que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria pressionado o Banco Central a favorecer o Banco Master. Segundo esses relatos, o ministro também teria demonstrado interesse nas investigações relacionadas ao caso.
De acordo com fontes próximas, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria informado ao presidente Lula sobre os rumores, recebendo como resposta a orientação: “Faça o que for necessário”. No entanto, a jornalista Mônica Bergamo destaca que o relacionamento de Moraes com o Banco Master é amplificado pela atuação de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, advogada do banco, cujo escritório firmou um contrato de R$ 129 milhões com a instituição, conforme revelado pelo jornal O Globo.
Em resposta às acusações, o delegado-geral da PF, Andrei Rodrigues, negou qualquer conversa sobre o assunto com o ministro. “Eu já ouvi isso por aí, mas é mentira. O ministro Alexandre de Moraes nunca falou comigo sobre esse assunto”, afirmou Rodrigues à Folha de S.Paulo. Ele ainda esclareceu que, apesar de manter conversas frequentes com Moraes devido aos inquéritos relatados pelo ministro no STF, o tema do Banco Master nunca foi mencionado. Rodrigues também negou ter discutido o caso com o presidente Lula.
Por sua vez, a assessoria do STF reafirmou a posição de Moraes, destacando que o ministro nega qualquer tentativa de intervenção no caso. O ministro Alexandre de Moraes esclareceu, por meio de nota, que as reuniões com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram como único objetivo tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, que envolveu sua esposa.
A nota também reforça que o ministro nunca fez pressão sobre Galípolo, nem esteve no Banco Central para discutir o Banco Master.
