loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 27/03/2025 | Ano | Nº 5932
Maceió, AL
30° Tempo
Home > Política

Política

FHC cobra retrata��o de O’neil

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou, ontem, explicações da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinack, sobre as declarações do secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, e ameaçou não recebê-lo em visita ao País na semana que vem. O’Neill disse que não poderia dar ajuda financeira a países da América Latina entre eles Brasil, Argentina e Uruguai, pois o dinheiro “vai parar na Suíça”. Segundo ele, esses países “precisam pôr em prática políticas “econômicas” que assegurem que o dinheiro que recebem seja bem aproveitado”. A convocação da embaixadora foi anunciada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello, e confirmada pela assessoria de FHC. O presidente da República e Marco Aurélio conversaram sobre o assunto durante almoço em homenagem ao presidente do Timor Leste. “O presidente deu instruções no sentido de a embaixadora ser convocada para uma retratação. Se não houver (a retratação), não teremos clima para recebê-lo. Ele mesmo afirmou isso. Estávamos em uma roda. Eu toquei no assunto, porque em jogo está até mesmo a soberania do Brasil.” Para ele, as afirmações de O’Neill “foram feitas de forma leviana”. O ministro Pedro Malan (Fazenda) falou ontem por telefone com O’Neill. Sua assessoria não informou o teor da conversa. O governo esperava uma retratação. Pela manhã, durante entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, Malan lamentou que o Brasil tenha sido colocado na mesma lista de países que enfrentam situação “extremamente difícil”. “É como eu digo, quem compara Brasil à Nigéria é porque não conhece nem a Nigéria, nem o Brasil”, afirmou. Para ele, O’Neill teria dito que o apoio do governo norte-americano depende de políticas confiáveis. “E o Brasil tem uma política confiável. Isso depende do uso apropriado desses recursos. O Brasil tem uma seriedade no uso desses recursos, que não está em questão por ninguém”, afirmou o ministro.

Relacionadas