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Prefeitos debatem com Collor�as propostas para o governo

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MOZART LUNA Sucursal Gazeta – O ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo do Estado pela Frente Popular Trabalhista, disse ontem, durante palestra na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que uma de suas bandeiras de luta é atrair indústrias e empresas para Alagoas, objetivando a geração de empregos. O candidato afirmou, ainda, que pretende criar mecanismos para que essas empresas se instalem principalmente no interior do Estado, além de criar uma Secretaria Municipalista. Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório da AMA e mais de 30 prefeitos estavam presentes ao encontro, inclusive alguns dos que apóiam o atual governador, Ronaldo Lessa. Collor aproveitou e anunciou ter mantido contato com a Odebrecht, que, juntamente com outro grupo empresarial, estaria disposta a vir para Alagoas e instalar um parque industrial. “Gerar emprego e renda, através de empresas sólidas, é um dos meus principais objetivos. Não podemos aceitar que tantos jovens fiquem desempregados” - afirmou. “O vizinho Estado de Sergipe conseguiu gerar mais de 50 mil postos de trabalho atraindo milhares de empresas e indústrias de porte, nos últimos quatro anos. Enquanto isso, Alagoas viveu um período de quatro anos de estagnação no seu desenvolvimento industrial. Apenas quatro empresas de porte foram implantadas aqui, sendo que duas delas já foram embora”, lembrou Collor. O candidato citou o Agreste como um das regiões que têm grande potencial de desenvolvimento. “A região da Grande Arapiraca tem tudo para dar certo e vamos lutar para que a Terra de Manoel André volte a ter a importância econômica que sempre teve em Alagoas”, disse, destacando a proposta da prefeita Célia Rocha de criar, desde já, Conselhos Regionais Integrados para o Desenvolvimento. Segundo ele, a idéia apresentada pela prefeita é excelente, pois visa, além de tudo, capacitar os recursos humanos para fazer parte desse Conselho, e, a partir daí, ter uma visão sistêmica da situação socioeconômica das diversas regiões de Alagoas. Descentralização Fernando Collor se comprometeu com os prefeitos alagoanos em realizar uma política de descentralização do desenvolvimento industrial, e de colocar em prática uma política de distribuição de ICMS mais justa, através de mudanças na legislação. Ele apresentou, ainda, a proposta de manter as crianças o maior tempo possível dentro das escolas, e lembrou os Ciacs, “reinventados como Caics e desvirtuados das suas propostas”. O candidato declarou que os recursos existem para viabilizar esse projeto, citando o Fundef e o salário-educação como fontes. Collor lembrou que as crianças têm que se alimentar antes de entrar nas salas de aula. “É difícil para uma criança concentrar-se nos estudos se o pensamento está na merenda escolar”, enfatizou. Fernando Collor citou ainda iniciativas como a do prefeito Flaubert Torres, de Viçosa, que alimenta milhares de famílias, todas as manhãs, através do projeto de distribuição de munguzá e arroz-doce, além da merenda que é fornecida nas escolas. “O governo municipal tomou esta responsabilidade sozinho, em sua cidade, quando deveria ter a parceria do governo do Estado”, enfatizou o ex-presidente. Segundo ele, a educação é o lastro principal para qualquer sociedade chegar ao desenvolvimento pleno. “Vamos investir na educação e, em parceria com os municípios, mudar esses índices vergonhosos que ainda permanecem em Alagoas”, declarou o candidato. Dívida agrícola Collor disse que a dívida que os produtores rurais alagoanos têm com as instituições financeiras deveriam ir para a contabilidade como perdas. Segundo ele, os bancos, principalmente os oficiais, existem para promover o desenvolvimento e não para ganhar ou auferir lucros, emprestando dinheiro e tomando terras e insumos agrícolas. O candidato do Frentão defendeu a implantação de uma política agrícola voltada para o mercado e para a vocação de cada região, tudo acompanhado de assistência técnica. “Os centros de pesquisas agrícolas de Alagoas estão abandonados”, ressaltou. “Lembro-me quando, na Presidência da República, o Banco do Brasil começou a tomar propriedades, tratores e caminhões dos produtores rurais. Não admiti e mandei que devolvesse tudo. O Banco do Brasil não existe para isso. O seu papel é grandioso e tem uma responsabilidade muito grande com esta Nação, e não seria tomando tratores e fazendas que iríamos resolver o pagamento das dívidas. Mandei renegociar as dívidas”, concluiu.

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