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quarta-feira, 26/03/2025 | Ano | Nº 5931
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Senadores divergem sobre o S�o Francisco

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Brasília – Embora os senadores estejam unidos na defesa da preservação e da revitalização do Rio São Francisco, continuam a divergir sobre a viabilidade das obras de transposição das águas do rio. Os 11 senadores ouvidos pela Rádio Senado sobre o assunto foram unânimes em reconhecer a necessidade de imediata despoluição do rio, de desassoreamento do São Francisco e de recuperação da cobertura vegetal das margens. Alguns advertem, no entanto, para os custos financeiros e ambientais que estariam embutidos na transposição. Expressam cautela quanto a mudanças no curso do rio, por exemplo, o senador Waldeck Ornélas (PFL-BA), relator da Comissão Especial de Revitalização do São Francisco, respectivamente. Ele reclama da “falta de empenho” da União em alocar recursos orçamentários para a obra de recuperação, considerada indispensável à sobrevivência do Velho Chico. “Sem revitalização, com certeza não haverá a transposição nem a interligação de bacias, porque o rio estará morto”, vaticina Ornélas. O senadores José Jorge (PFL-PE) também apresenta reservas à transposição. O pefelista observa que essa intervenção, além de custar caro, vai demandar um gasto elevado de eletricidade e interferir em um ecossistema já debilitado. E sustenta que o debate sobre a transposição do rio fica inviabilizado sem o aumento de sua vazão e a sua revitalização prévios. Interligação Já os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Sérgio Machado (PSDB-CE), Geraldo Melo (PSDB-RN) e Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) mostram-se abertos à hipótese da transposição. Um dos pilares da iniciativa seria a interligação do São Francisco com o Rio Tocantins, capaz de recompor, por exemplo, as condições de navegabilidade e a reprodução de peixes, segundo Suassuna. Na opinião de Eduardo, essa interligação não traria qualquer prejuízo para o Tocantins. Alertando que só é possível pensar em transposição após a revitalização do rio, Valadares acredita que esse processo será impulsionado pela aprovação de uma emenda à Constituição, de sua autoria, que reserva 0,5% das receitas líquidas da União para o rio. Já Sérgio Machado e Geraldo Melo assumem a defesa incondicional da transposição, alimentada pelas águas do Tocantins, por considerá-la um direito e uma forma de dar dignidade ao povo nordestino na convivência com a seca.

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