A usina Santo Antônio, localizada no município de São Luiz do Quitunde, em conjunto com a unidade Camaragibe, situada em Matriz do Camaragibe, deverão ser processadas, neste ciclo 20/21, 2,7 milhões de toneladas de cana. Com isso, de acordo com o superintendente Agrícola, Marcos Maranhão, a estimativa é que as duas unidades industriais repitam os números da safra 19/20. Segundo ele, a principal dificuldade deste ano, está sendo justamente o verão do ano anterior.
“Tivemos de setembro a janeiro deste ano, cuja precipitação pluviométrica influenciou muito na cana do início dessa safra, o registro de apenas 118 milímetros (mm) de chuva. Esse foi o terceiro pior ano da história de 45 anos que medimos a precipitação pluviométrica. Este cenário, prejudicou bastante o canavial que a gente vem colhendo agora no início e a produtividade não está sendo tão boa”, alertou ele.
Apesar das dificuldades, Maranhão informou que nas áreas de cana de meio e final de safra têm apresentado resultados mais positivos. “Também vamos começar a entrar em áreas de várzea que têm uma produtividade mais alta e a gente tem a expectativa, contando com um verão normal ou talvez até chuvoso, fechar a safra com uma produtividade 70 toneladas por hectare”, estima.
O superintendente agrícola afirmou ainda que as chuvas que vêm caindo com maior regularidade vêm contribuindo para um cenário mais positivo para o canavial. “Ela vem ajudando bastante. Essa chuva do verão, principalmente para quem não tem irrigação, influencia bastante e é muito importante. No nosso caso a gente tem irrigação de salvamento. Não nos estruturamos para ter essa irrigação por conta dessas chuvas de verão. Mas, elas vêm diminuindo com o passar dos anos. Com isso, já começamos a investir em irrigação para oferecer melhores condições para que a cana possa se desenvolver sem depender dessa chuva”, destacou Maranhão.