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Mercado do boi mantém tendência de alta

Foram 1,58 milhão de toneladas de proteína bovina enviadas para fora do país até novembro de 2020

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Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados
Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados -

O forte avanço das commodities visto em 2020, desta vez, não deixou de fora o boi gordo. De janeiro até novembro deste ano, o preço do animal subiu 47%, saindo do patamar de R$ 193 por arroba e batendo na casa dos R$ 285. De acordo com a consultoria Agrifatto, essa alta observada aconteceu mesmo com um mercado interno abalado, e só foi possível graças a escassez de oferta de bovinos aptos para o abate e pela China.

“A primeira justificativa para a valorização do boi gordo, a escassez de oferta, está sendo causada sobretudo pelo intenso abate de fêmeas durante os anos de 2017 e 2018. Esse processo de abate de fêmeas nesses anos, está causando agora uma escassez de bezerros e também de boi gordo disponível no mercado. Como o ciclo pecuário é soberano e de longo prazo, essa escassez de oferta deve perdurar durante o próximo ano, principalmente sobre o boi gordo. Como o processo de retenção se iniciou em meados de 2019, a reposição pode começar a sentir uma melhora de oferta, e consequente estagnação dos preços em 2021”, explica a consultoria em nota.

Do outro lado da ponta, o consumidor brasileiro teve um ano difícil. A crise econômica causada pela pandemia resultou em recuo de mais de 4% no PIB brasileiro, a população descapitalizada optou por proteínas de menor valor agregado. “No entanto, a pecuária brasileira não sentiu tanto esse recuo, isso por que as exportações, principalmente para a China, ganharam uma importância muito grande”.

Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados
Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados | Foto: CANAL RURAL

Foram 1,58 milhão de toneladas de proteína bovina enviadas para fora do país até novembro de 2020, sendo que a China levou 0,78 milhão de toneladas, volume 57% maior do que em todo o ano de 2019.

Diante desse apetite chinês, a participação das exportações no consumo total de carne bovina brasileira bateu recorde, chegando a 28% do total. Para 2021, as perspectivas para as exportações de proteína bovina do Brasil se mantêm otimistas, com a manutenção dos atuais níveis embarcados, visto que a China ainda não se recuperou totalmente da Peste Suína Africana, e deve continuar necessitada de importar proteínas animais.

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