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Nº 5886
Rural

Fungos estimulam crescimento de tomate

Foi identificada a combinação de fungos que pode gerar novos bioestimulantes também para outras culturas

Por EMBRAPA | Edição do dia 13/03/2021 - Matéria atualizada em 13/03/2021 às 04h00

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Embrapa Meio Ambiente (SP) verificaram que três espécies de fungos podem atuar como promotores do crescimento de tomateiros-anões e ainda contribuir para melhorar a imunidade dessas plantas. A equipe da USP atua no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP).

Os ensaios foram feitos com isolados de Metarhizium robertsii, M. humberi e M. anisopliae, todos nativos do Brasil. Atualmente, os fungos do gênero Metarhizium têm sido empregados no País em mais de dois milhões de hectares de cana para controle de cigarrinhas das raízes e das folhas (veja artigo sobre).

Os pesquisadores observaram que os três isolados produziram compostos importantes para a planta ao atuar na aquisição de fósforo e ferro, além de contribuírem na defesa contra doenças, esses efeitos são promovidos pelos chamados microrganismos promotores de crescimento de plantas (MPCP), grupo do qual esses fungos também fazem parte.


Número de flores e a quantidade de massa fresca dos frutos aumentaram significativamente com a inoculação
Número de flores e a quantidade de massa fresca dos frutos aumentaram significativamente com a inoculação - Foto: SDI Productions
 

A partir dos resultados encontrados, os cientistas planejam o uso integrado ou combinado do M. robertsii com o M. humberi. O primeiro é mais eficiente para colonizar o tomateiro e o segundo obteve desempenho superior na produção de importantes metabólitos nos ensaios in vitro. “Por isso, juntos, eles teriam bom potencial como promotores do crescimento do tomateiro e poderão ser explorados para outras espécies vegetais de importância econômica”, avalia a recém-doutora Ana Carolina Siqueira, principal autora do trabalho que foi desenvolvido durante seu doutorado pela Esalq-USP.

Os estudos revelaram que as mudas inoculadas tiveram incrementos substanciais em características vegetativas e reprodutivas.

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