Rural
Safra 20/21 é finalizada em Alagoas
Moagem atinge expectativa do usinas de fornecedores de cana com mais de 17 milhões de toneladas de cana beneficiadas

Iniciada na segunda quinzena de agosto do ano passado, a safra 20/21 foi encerrada, em Alagoas, no último domingo, dia 25 de abril, com a finalização da moagem na usina Sumaúma. Totalizando mais de oito meses de atividade, o ciclo canavieiro no Estado chegou ao fim com pouco mais de 17 milhões de toneladas beneficiadas.
De acordo com dados do Sindaçúcar-AL, foram produzidas pelas usinas alagoanas mais de 1,4 milhão de toneladas de açúcar e processados mais de 450 milhões de litros de etanol.
A safra 20/21, que teve a usina da Cooperativa Pindorama como a primeira unidade industrial e colocar as caldeiras em funcionamento, contou com 15 usinas em atividade.
“Concluímos, nesta semana, o período de moagem e produção da safra 20/21. O resultado, em que pese corresponder a uma realização menor quando estimávamos produzir 18 milhões de toneladas de cana, significa a manutenção do processo de recuperação de produção do Estado que iniciamos há três safras. Inclusive, superando a safra passada 2019/2020. Considerando as adversidades decorrentes da pandemia da Covid 19, no que respeita a modificação de todo planejamento de produção para observar com rigor o distanciamento social e as regras de proteção aos colaboradores, consideramos um coroamento de esforço com esse resultado, inclusive com méritos nesse esforço aos nossos fornecedores de cana e aos nossos colaboradores”, destacou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.

Segundo ele, na safra 17/18 a produção foi drasticamente reduzida para 13 milhões de toneladas de cana como consequência da escassez de chuvas - por três anos seguidos - e os efeitos da política errática de preços de combustíveis. “Portanto, o esforço dos nossos empresários, fornecedores de cana e colaboradores, associado a confiança e a dedicação a essa atividade, nos possibilitou concluir mais uma etapa rumo a recuperação e estabilidade”, declarou.
Nas duas moagens anteriores, a quantidade de cana esmagada foi de 16,9 milhões de toneladas no ciclo 19/20 e 16,4 milhões de toneladas beneficiadas na safra 18/19.
Comemoração
Para o presidente da Asplana, Edgar Filho, a perspectiva para a moagem foi atingida pelas unidades industriais. “Apesar da quantidade menor de chuva e de perdas de socaria, além do pouco desenvolvimento do canavial por conta da falta de chuva, a gente ainda conseguir fazer uma safra maior que a anterior, isso anima todo o setor”, reforçou.


De acordo com o presidente da Asplana, no próximo ano, com os índices pluviométricos que estão melhores e mais distribuídos em relação ao ano passado, aliado a quantidade de chuva ocorrida no verão e a quantidade de cana plantada e tratada, somada a questão do preço que também foi melhor que os praticados no ano passado, a perspectiva é muito boa para que a safra 21/22 seja de mais crescimento.
“O setor vem em recuperação nos últimos anos. Isso é positivo para o Estado e monstra que o setor está equilibrado e entrou em uma linha de normalidade com pagamentos corretos aos fornecedores de cana e de investimentos nos canaviais. Isso tudo aliado ao preço, que melhorou por conta do câmbio e do mercado externo. É um final de safra para ser comemorado. Devagar, quem sabe a gente não chega a 25 milhões de toneladas de cana que foi o auge do Estado”, indagou Edgar Filho.