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Nº 5882
Rural

Agropecuária inova com produção de leite A2/A2

Tipo A2/A2 é comumente encontrado em raças zebuínas; em Alagoas Agropecuária Pereira se torna pioneira na produção na região Norte/Nordeste e passa pelo processo final de certificação

Por Editoria do Gazeta Rural | Edição do dia 08/05/2021 - Matéria atualizada em 08/05/2021 às 04h00

/Pecuarista há mais de dez anos investe em cruzamentos para melhoramento dos animais
/Pelos benefícios a saúde, leite A2/A2 e seus derivados começam a conquistar o mercado
/Vaca Fauna, genotipada como A2/A2, é um dos destaques da agropecuária

Há mais dez anos investindo no aperfeiçoando genético do rebanho, a Agropecuária Pereira, que produz o leite especial com beta-caseína A2/A2, passa pelo processo para se tornar a primeira fazenda do Nordeste certificada para a produção deste tipo de leite. O lácteo se apresenta como uma opção de consumo para pessoas com restrições alimentares, a exemplo de alergia ao leite. Os produtos, feitos a partir do A2/A2, são processados pelo laticínio Engenho do Queijo, que faz parte da agropecuária.

“A vaca quando nasce pode ter no seu genótipo a beta-caseína 1, que causa instabilidade no organismo, ou a beta-caseína A2/A2. Temos 55% do nosso rebanho A2/A2. Com isso, a gente separa os lotes para poder obter o leite A2/A2 que é processado todos os dias para se fazer produtos. Já existe fazendas que fazem esses produtos em outras regiões do país. Mas, no Nordeste, somos a primeira a produzir e agora estamos partindo para a certificação, que é a garantia do selo nas nossas embalagens. Além dos produtos, queremos envazar o leite para que o nosso consumidor tenho um leite tipo A - A2/A2”, afirmou o criador Joãozinho Pereira.


Pecuarista há mais de dez anos investe em cruzamentos para melhoramento dos animais
Pecuarista há mais de dez anos investe em cruzamentos para melhoramento dos animais - Foto: Divulgação
 

O tipo A2/A2 é comumente encontrado em raças zebuínas, mas com os vários cruzamentos feitos no Brasil, a identificação precisa ser feita por laboratório, em teste de genoma.

Entre os principais benefícios a saúde humana do leite A2/A2 tem demonstrado peculiaridades importantes relacionadas ao nível de colesterol e do diabetes 1, além de ser uma provável opção de consumo para pessoas com alergia ao leite. Recentemente surgiu na literatura a possibilidade de melhorar processos inflamatórios das mucosas gástrica e intestinal.

“Tivemos depoimentos de pessoas que há anos não tomavam leite ou comiam queijo e quando provaram o produto A2/A2 não tiveram problema algum. Com isso, o nicho para este tipo de mercado do leite A2/A2 é muito grande. É produto natural e saudável que promove uma digestão mais fácil”, reforçou o criador.


Pelos benefícios a saúde, leite A2/A2 e seus derivados começam a conquistar o mercado
Pelos benefícios a saúde, leite A2/A2 e seus derivados começam a conquistar o mercado - Foto: Divulgação
 

Vaca Fauna, genotipada como A2/A2, é um dos destaques da agropecuária
Vaca Fauna, genotipada como A2/A2, é um dos destaques da agropecuária - Foto: Divulgação
 

No gir leiteiro, uma das raças mais utilizadas em cruzamentos, em cada dez vacas, oito têm probabilidade de serem A2/A2, produzindo o leite diferenciado. 

Segundo o consultor da Agropecuária Pereira, Nalber Almeida, o leite A2/A2 é uma tendência de mercado que vem ganhando espaço a nível nacional. “As vacas produzem um leite mais fácil de ser digerido. Estamos na terceira etapa da certificação. Hoje, já temos mais de 100 fêmeas genotipadas beta-caseína A2/A2. Somos a primeira fazenda do Norte/Nordeste certificada junto ao Beba Mais Leite como produtora de leite A2/A2 e o laticínio como fabricantes de produtos A2/A2”, reforçou ele, lembrando que a vaca Fauna, que tem o genótipo A2/A2, que se destaca também pelos títulos de pista, é uma das estrelas da Agropecuária Pereira que vai contribuir para a evolução do rebanho, produzindo mais fêmeas iguais e até superiores a ela.

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