Em busca de novas ferramentas que possam levar a um maior ganho de produtividade, a Cooperativa Pindorama não para de inovar, aplicando a tecnologia a favor da agropecuária. Neste cenário, uma das principais ações desenvolvidas pela empresa, localizada no município de Coruripe, é a produção de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar que geram um incremento na produção de até 30% em comparação ao plantio tradicional.

Segundo o presidente da cooperativa, Klécio Santos, o projeto da cana pré-brotada é “uma das práticas mais modernas no plantio de cana, gerando um impacto positivo para o cooperado pequeno e médio produtor que já em acesso a essa nova tecnologia. O cooperativismo proporciona ao seu associado o que sozinho jamais teria condições de acessar. Temos também outras tecnologias com o uso do drone para acompanhar o desenvolvimento do canavial, entre outros ganhos proporcionado pelo ganho coletivo. Sem essa força conjunta, não teríamos a força que temos”, destacou.

Santos reforçou ainda que, neste primeiro momento, a empresa vem orientando o associado a usar a muda pré-brotada para fazer o replantio de áreas. “Por ação do tempo ou falha no início do plantio, é dada a oportunidade do associado fazer o replantio com essa muda que vai acompanhar o desenvolvimento da cana maior. Vai ocupar o vazio, aumentando a produtividade. Mas, nosso objetivo é que todo o plantio, num futuro próximo, seja com a muda pré-brotada. Esse é apenas o início deste projeto. A medida que esse projeto cresça, esperamos baixar os custos fixos e passamos baixar ainda mais estes preços ”, afirmou. 

“Buscamos sempre a inovação porque tudo tem que evoluir e cana também segue este mesmo caminho. Para isso, como tudo começa pela base, ter uma semente de qualidade é o principal nesse processo para a obtenção de bons resultados”, declarou Danilo Wanderley, agrônomo da Cooperativa Pindorama, lembrando que a empresa tem a capacidade de produzir 80 mil mudas, estando no momento com a produção crescente de 50 mil unidades.

De acordo com ele, neste processo, uma nova técnica vem sendo utilizada para o desenvolvimento da mudas pré-brotadas com a utilização de tratamentos térmico e químico. Após as sementes terem passado pelos tratamentos, elas seguem para as bandejas posicionadas a céu aberto com a utilização do sistema de irrigação. “Em uma bandeja, a perde gira em torno de 7% a 10% que é causada pelo tratamento térmico que faz a seleção das gemas que são viáveis. Com isso, é levada para o campo uma planta sadia e altamente produtiva. Com 60 dias a planta já está pronta para ir para o campo”, declarou.

O campo de produção de mudas pré-brotadas da cooperativa, onde as plantas são desenvolvidas em bancadas suspensas, começou a produção em novembro do ano passado. Danilo Wanderley lembra ainda que o agricultor pode usar as mudas para fazer o replantio de áreas de plantio, além de usar a área para sementeira para ter disponível um potencial genético na área para multiplicar o material.