PUXADO PELO AGRONEGÓCIO, PIB DE ALAGOAS APRESENTA CRESCIMENTO DE 6,5% EM 2021
Agropecuária tem variação positiva de 9,8%; feijão e arroz estão entre os produtos com maior crescimento
Por Editoria do Gazeta Rural com assessoria | Edição do dia 08/01/2022 - Matéria atualizada em 08/01/2022 às 04h00
A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) do Estado divulgou estimativa anual, até o terceiro trimestre de 2021, do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas.
A estimativa é de variação positiva de 6,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com os dados, o crescimento da economia em Alagoas foi puxado pelo agronegócio, que apresentou variação superior à média estadual. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também é responsável pelo levantamento, junto com a Seplag.
![Coletiva de imprensa sobre a estimativa do PIB 2021 realizada na sede da Seplag](https://cdn.gazetadealagoas.com.br/img/inline/340000/PUXADO-PELO-AGRONEGOCIO-PIB-DE-ALAGOAS-APRESENTA-C0034147900.jpg?xid=557727)
O titular da Seplag, Fabrício Marques Santos, destacou que “Alagoas foi o estado que sofreu menor queda do PIB em 2020 e a estimativa para 2021 também é boa. Além disso, foi um dos poucos estados brasileiros que fechou 2020 com mais empregos formais do que o ano anterior”.
“A cada dois anos, o IBGE faz o cálculo consolidado e esse resultado estimado pode sofrer variação. Isso ocorre porque há uma dinâmica na economia e os dados podem variar, mas, de forma geral, o resultado final é bem próximo à estimativa, já que os dados utilizados para o cálculo da estimativa são encontrados nas bases do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego”, esclareceu Robson Brandão, superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento.
![Produção de feijão (75,64%) e arroz (47,03%) teve crescimento significativo nas lavouras](https://cdn.gazetadealagoas.com.br/img/inline/340000/PUXADO-PELO-AGRONEGOCIO-PIB-DE-ALAGOAS-APRESENTA-C0034147901.jpg?xid=557728)
AGROPECUÁRIA
De acordo com a estimativa, todos os setores apresentaram crescimento, com destaque para o da Agropecuária (9,82%), seguido da Indústria (7,82%) e de Serviços (5,39%). Os produtos que apresentaram maior crescimento foram: feijão em grão (75,64%), arroz (47,03%), milho (34,62%), banana (24,74%), cana-de-açúcar (18,04%), tomate (10,71%), laranja (9,61%), abacaxi (4,85%), batata doce (2,31%), amendoim (0,79%) e coco-da-baía (0,76%), respectivamente. Já entre os produtos que tiveram variação negativa estão: fumo em folha (-4,26%) e mandioca (-1,86%).
![Hibernon Cavalcante, presidente da Comissão Estadual de Grãos](https://cdn.gazetadealagoas.com.br/img/inline/340000/PUXADO-PELO-AGRONEGOCIO-PIB-DE-ALAGOAS-APRESENTA-C0034147902.jpg?xid=557729)
Para o presidente da Comissão Estadual de Grãos, Hibernon Cavalcante, o clima e os preços favoreceram o crescimento expressivo na produção de feijão e arroz. “O clima nos outros estados do Nordeste não teve o mesmo comportamento daqui. Em grande parte houve seca, inclusive severa. E considerando uma tendência de bom clima para este ano, o que deve pesar mais para obtenção de bons resultados vêm a ser os preços dos insumos, principalmente os fertilizantes”, pontuou.
O presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (ASPLANA), Edgar Filho, avaliou a variação positiva de 18,04% da produção de cana-de-açúcar, produto que detém a maior área plantada do estado e contribui massivamente para a economia. “Houve um incremento na produtividade das áreas plantadas de cana-de-açúcar que já existiam. E a tendência é que as próximas safras tenham ainda mais produtividade. Mas o setor tem se preocupado com o preço dos insumos, que segue alto”, destacou.