loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 02/10/2025 | Ano | Nº 0
Maceió, AL
28° Tempo
Home > Rural

Rural

Bovinocultura de Corte em Alagoas - momento atual

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Imagem ilustrativa da imagem Bovinocultura de Corte em Alagoas - momento atual
-

A crise que se abateu sobre o setor sucroalcooleiro de Alagoas desde o final do século passado, tornando-se mais aguda na segunda década deste século, ficou patente com a redução da área plantada de cana de açúcar no estado. De quase 600 mil hectares na década de 90 para menos de 300 mil hectares, nos dias de hoje. Grande parte desta área foi redirecionada para a pecuária de corte. Com isto, o rebanho alagoano, que era cerca de 800 mil reses, chegou aos atuais 1,3 milhão de reses. Este aumento foi sobretudo devido à bovinocultura de corte.

Este aumento não se deu somente pela expansão das áreas de pastagens, porém pela introdução, concomitantemente, de novas tecnologias como o Pastejo Rotacionado, a Melhoria das Pastagens, com a introdução de novas variedades de gramíneas, a Inseminação Artificial e outras ações. Cumpre ressaltar que a perda de renda na transição entre a cana de açúcar e a bovinocultura de corte é de mais de 80%, em se levando em conta o faturamento por hectare de cada atividade. Portanto, para se manter economicamente viável é preciso atingir níveis de produtividade bem maiores que os tradicionais, o que justifica a busca por novos processos de produção.

O momento atual da nossa bovinocultura de corte é de um “esfriamento” de ânimos, tendo em vista os aumentos consideráveis de preço dos insumos, notadamente agroquímicos e fertilizantes, nos últimos meses. A correção havida no preço da carne nos anos 2017/18, que trouxe grande otimismo para o setor, já não é suficiente para “fechar as contas”. O mercado de bezerros apartados revela redução preços em todo o Brasil e, também, em Alagoas. O boi gordo para abate vem com o preço da arroba “congelado” há cerca de 3 anos. O desestímulo reinante no setor se evidencia pelo aumento do abate de fêmeas, fato que prenuncia desequilíbrio futuro entre oferta baixa e seu reflexo sobre o preço do produto ao consumidor. Lembrar que o preço da carne bovina é a alavanca de outras proteínas animais como frango, peixe e outros.

Relacionadas