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Nº 5759
Rural

Setor sucroenergético de AL busca soluções para o etanol em Brasília

Usinas produtoras querem assegurar competitividade do etanol, que está em R$ 3,80 por litro

Por Editoria do Gazeta Rural | Edição do dia 18/02/2023 - Matéria atualizada em 18/02/2023 às 04h00

Dirigentes do setor sucroenergético  de Alagoas foram a Brasília, na última semana, defender a adoção de medidas para assegurar a competitividade do etanol ante a gasolina. Atualmente, o valor médio do biocombustível  no Brasil está em R$ 3,80 por litro, enquanto o combustível fóssil tem média de R$ 5,08. A proporção hoje do etanol é de 75% do valor da gasolina, quando o mercado considera ideal um percentual, no máximo, de 70%.

A “perda” de competitividade do etanol ante a gasolina se acentuou a partir de junho de 2022, quando o  PIS/Cofins está zerado sobre etanol hidratado e anidro, além da gasolina. 

 

Proposta mantém zerado PIS/Cofins até o final deste ano para o etanol
Proposta mantém zerado PIS/Cofins até o final deste ano para o etanol - Foto: Divulgação
 

A nova legislação, que deveria vigorar até 31 de dezembro, foi prorrogada pelo atual governo até o dia 28 deste mês. Anteriormente, a gasolina tinha valor maior de PIS/Confins do que o etanol, o que dava ao biocombustível maior competitividade. Como as alíquotas foram zeradas para os dois combustíveis, o fóssil passou se tornar mais atrativo.

Para retomar a competitividade do etanol, representantes das empresas do setor de Alagoas e de outros Estados do Brasil defendem, entre outras medidas, que seja aprovada pelo Congresso Nacional emenda do senador Fernando Farias (MDB).  A proposta  mantém zerado PIS/Cofins até o final deste ano para o etanol e prevê que o governo retome a taxação da gasolina.

“Essa emenda representa a volta da competitividade do etanol, um combustível mais limpo, ecologicamente correto, que gera empregos e desenvolvimento em todo o Brasil”, aponta o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.


Pleito

Representantes do setor sucroenergético de Alagoas cumpriram agenda em Brasília/DF, na última quarta-feira,8, participando de uma série de audiências com autoridades alagoanas que exercem atividades no cenário federal. Por intermédio do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar/AL), o encontro contou a participação expressiva de gestores das unidades produtoras de Alagoas, além de representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea) e de representantes dos Estados de Pernambuco e de Goiás.

 

Pedro Robério Nogueira esteve reunido com o senador Fernando Farias em Brasília/DF
Pedro Robério Nogueira esteve reunido com o senador Fernando Farias em Brasília/DF - Foto: Divulgação
 

O setor esteve reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e com o senador Federando Farias, buscando  reforçar o pleito da competitividade do etanol frente a gasolina. Segundo o presidente do Sindaçúcar, Pedro Robério, o projeto integra a pauta da reforma tributária e está em análise no parlamento.

“Foi um grande encontro de setor, onde tratamos pleitos imediatos. Deste modo, também solicitamos atenção para o ajuste na oneração do etanol e da gasolina no que diz respeito a regras para o PIS e Cofins”, relatou  Pedro Robério.

Na Esplanada dos Ministério, a comitiva de industriais pôde apresentar suas demandas ao ministro dos Transportes, o alagoano Renan Filho. O setor produtivo solicita obras de melhorias nos acessos às usinas que ligam às rodovias da região Nordeste.

“Com as melhorias das estradas, muito se pode avançar no abastecimento de cana como na saída dos produtos industrializados de açúcar e etanol. Nesta missão em Brasília expressamos nossas boas vindas e as pautas do setor foram bem recebidas”, destacou o líder do Sindaçúcar/AL.

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