Em busca da diversificação de culturas, a produção de milho ganha destaque em Alagoas, sendo considerada uma das principais lavouras de impacto econômico no estado. Neste cenário, segundo o professor universitário e pesquisador Cícero Alexandre, o grão ganhou destaque graças a expansão do plantio na região do sertão.

“Nos últimos cinco anos, o sertão pulou de uma produção de duas mil toneladas para 20 mil toneladas por ano, a exemplo do ocorreu na safra passada. A expetativa é que a região possa alcançar até 40 mil toneladas”, afirmou Cícero Alexandre, lembrando que a produção do estado chega a 80 mil toneladas. 

De acordo com ele, Alagoas vem recebendo produtores vindos de outros estados, a exemplo de Sergipe e da Bahia, para investir no plantio de milho. Para ele, a região se torna atrativa por conta do solo fértil. “Ele tem 90% dos nutrientes que o milho precisa. A grande dificuldade do cultivo está na água e na falta de um nutriente que é o fósforo. Mas, sendo feita a análise de solo e a correção com adubação, além de um inverno favorável como o ocorrido nos últimos três anos, com certeza, existe a garantia de uma boa produção e que pode chegar a cinco toneladas por hectare”, declarou.

“Contudo, havendo frustração de safra por conta de pragas, que prejudica principalmente a polinização, o milho que não servir para grão, poderá ser usado para silagem para animais. A mesma utilização poderá ser feita em caso de falta de chuva na região”, reforçou o pesquisador.

Alagoas consome, em média, 400 toneladas mil toneladas de milho por ano. Contudo, antes da expansão da área plantada, o estado só produzia apenas 40 mil toneladas.