Usinas esmagam mais de 20,8 mi toneladas de cana

Com um crescimento de 14,5% em comparação ao ciclo passado, os números finais da safra 22/23 foram divulgados pelo departamento Técnico do Sindaçúcar-AL. De acordo com o levantamento, foram beneficiadas 20,8 milhões de toneladas de cana pelas 15 usinas em operação em Alagoas, destacando que, na moagem passada, foram processadas 18,2 milhões de toneladas. A expectativa inicial da moagem era beneficiar 19,5 milhões de toneladas de cana.

Os dados fazem parte do boletim quinzenal de nº 18 com os dados acumulados da safra até o dia 31 de maio.

O ciclo, que teve início na última semana de agosto do ano passado pela usina Santo Antônio com a expectativa inicial de moer 19 milhões de toneladas de cana, perdurou por nove meses, sendo concluído na última semana de maio pela usina da Cooperativa Pindorama.

Das 15 unidades industriais que participaram da safra, apenas uma teve redução no volume de cana esmagada. As demais usinas registraram percentuais positivos de crescimento que variaram de 1,6% até 34,8%.

Segundo dados repassados ao Sindaçúcar-AL, a unidade que beneficiou o maior volume de cana no ciclo 22/23 foi a usina Coruripe com mais de 3,2 milhões de toneladas esmagadas.

O levantamento destaca ainda que das 15 usinas, apenas quatro tiveram uma moagem inferior a um milhão de toneladas de cana processadas.

Mix

O levantamento técnico apontou ainda que foram produzidas 1,5 milhão de toneladas de cana o que representa um aumento de 8,7% face a moagem passada quando a produção final foi de 1,4 milhão de toneladas.

Em comparação a safra 21/22, nove usinas tiveram aumento no volume de açúcar produzido, variando de 2,3% até 34,7%.

A produção de etanol também registrou números positivos na safra 22/23 com 484.455 milhões de litros do biocombustível. Ante a safra 21/22, quando a produção final foi de 447.187 milhões de litros, houve uma variação positiva de 8,3%.

O departamento Técnico do Sindaçúcar-AL informou ainda que, na safra 22/23, apenas 12 unidades produziram etanol e destas nove tiveram crescimento de produção que oscilou de 0,03% até 24,1%.

Fornecedores

Neste sentido, das mais de 20,8 milhões de toneladas de cana processadas pelas usinas, durante os nove meses de moagem, mais de 9,2 milhões foram oriundas de fornecedores. O montante corresponde a 44,2% do total beneficiado no ciclo.

De acordo com o levantamento técnico do Sindaçúcar-AL, ocorreram casos onde o volume de cana beneficiada foi igual ou até mesmo superior a cana própria esmagada pela unidade industrial. Segundo o estudo, em uma única usina, por exemplo, toda a cana processada foi procedente de fornecedores.

No geral, do total de cana moída na safra 22/23 mais de 9,3 milhões de toneladas foram de cana própria das usinas e 1,3 milhão de cana oriunda de acionistas, além de 927 mil toneladas de outras origens.

O estudo apontou ainda que do total de cana processada na safra 22/23, mais de 18,3 milhões foram destinadas a produção de açúcar e 2,5 milhões para a fabricação de etanol.

O levantamento destaca ainda que o ciclo, que perdurou por nove meses, foi realizado em 268 dias de moagem, tendo sido a usina da Cooperativa Pindorama, a unidade industrial que se manteve em operação na safra com 4.798 horas de atividade.