loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
domingo, 23/03/2025 | Ano | Nº 5929
Maceió, AL
29° Tempo
Home > Rural

Auxílio

Feijão guandu adaptado ao Semiárido reduz custos na alimentação de rebanhos

Pesquisa da Embrapa aponta cultivar Super N como a mais produtiva para a região, proporcionando maior economia aos produtores

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Uma nova cultivar de feijão guandu, adaptada às condições do Semiárido brasileiro, promete auxiliar produtores na redução dos custos com a alimentação de rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos. A pesquisa, conduzida ao longo de três anos pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE), avaliou diferentes cultivares para identificar a mais produtiva e resistente ao clima árido da região.

Os estudos apontaram a cultivar comercial Super N como a mais indicada, apresentando uma produtividade média de matéria seca de forragem superior a 6,2 mil quilos por hectare (kg/ha).

A pesquisa foi realizada em áreas experimentais nos municípios de Sobral (CE), Boa Viagem (CE) e Sumé (PB), todos com clima semiárido quente, período chuvoso concentrado entre fevereiro e junho e pluviosidade média entre 400 e 800 mm.

No estudo, foram analisadas quatro cultivares comerciais e 17 genótipos experimentais de elite, totalizando 21 variações do feijão guandu. Os critérios de avaliação incluíram tempo de florescimento, altura da planta e produtividade de grãos, com o objetivo de identificar os genótipos mais estáveis diante das variações ambientais.

Os resultados mostraram que a produtividade média de matéria seca dos 21 genótipos variou entre 4,6 mil e 9 mil kg/ha, superando outras cultivares já utilizadas na região, como o guandu Taipeiro, cuja produtividade média é de 2,49 mil kg/ha.

Maior produtividade e resistência

As cultivares comerciais analisadas demonstraram produtividade média superior a 5 mil kg/ha. No entanto, Super N e Iapar 43 foram as que melhor se adaptaram às condições ambientais do Semiárido, registrando produtividade de matéria seca acima de 5,7 mil kg/ha.

“Além da resistência ao clima seco, a cultivar Super N se destaca por sua produtividade de grãos, sendo 16% mais eficiente que a Iapar 43”, afirmam os pesquisadores da Embrapa.

A escolha de cultivares adaptadas ao clima do Semiárido representa um avanço significativo para a alimentação animal, garantindo uma fonte rica em fibras e proteínas, essencial para a sustentabilidade da pecuária na região.

Testes comparativos com várias cultivares mostraram que a Super N apresentou melhor produtividade e boa adaptação climática
Testes comparativos com várias cultivares mostraram que a Super N apresentou melhor produtividade e boa adaptação climática | Foto: Fernando Guedes

Relacionadas