Auxílio
Feijão guandu adaptado ao Semiárido reduz custos na alimentação de rebanhos
Pesquisa da Embrapa aponta cultivar Super N como a mais produtiva para a região, proporcionando maior economia aos produtores

Uma nova cultivar de feijão guandu, adaptada às condições do Semiárido brasileiro, promete auxiliar produtores na redução dos custos com a alimentação de rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos. A pesquisa, conduzida ao longo de três anos pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE), avaliou diferentes cultivares para identificar a mais produtiva e resistente ao clima árido da região.
Os estudos apontaram a cultivar comercial Super N como a mais indicada, apresentando uma produtividade média de matéria seca de forragem superior a 6,2 mil quilos por hectare (kg/ha).
A pesquisa foi realizada em áreas experimentais nos municípios de Sobral (CE), Boa Viagem (CE) e Sumé (PB), todos com clima semiárido quente, período chuvoso concentrado entre fevereiro e junho e pluviosidade média entre 400 e 800 mm.
No estudo, foram analisadas quatro cultivares comerciais e 17 genótipos experimentais de elite, totalizando 21 variações do feijão guandu. Os critérios de avaliação incluíram tempo de florescimento, altura da planta e produtividade de grãos, com o objetivo de identificar os genótipos mais estáveis diante das variações ambientais.
Os resultados mostraram que a produtividade média de matéria seca dos 21 genótipos variou entre 4,6 mil e 9 mil kg/ha, superando outras cultivares já utilizadas na região, como o guandu Taipeiro, cuja produtividade média é de 2,49 mil kg/ha.
Maior produtividade e resistência
As cultivares comerciais analisadas demonstraram produtividade média superior a 5 mil kg/ha. No entanto, Super N e Iapar 43 foram as que melhor se adaptaram às condições ambientais do Semiárido, registrando produtividade de matéria seca acima de 5,7 mil kg/ha.
“Além da resistência ao clima seco, a cultivar Super N se destaca por sua produtividade de grãos, sendo 16% mais eficiente que a Iapar 43”, afirmam os pesquisadores da Embrapa.
A escolha de cultivares adaptadas ao clima do Semiárido representa um avanço significativo para a alimentação animal, garantindo uma fonte rica em fibras e proteínas, essencial para a sustentabilidade da pecuária na região.
