Certificação
Projeto do Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca recebe selo da ONU

Um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) no Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca receberá, no próximo dia 20 de março, o selo ODS Educação 2024, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A solenidade de certificação ocorrerá no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, reconhecendo instituições que promovem projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A pesquisa, que conta com infraestrutura e suporte técnico do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), é coordenada pela Uneal e tem como foco estufas agrícolas sustentáveis. O objetivo é produzir hortaliças de forma ecológica, combinando adubos minerais e fertilizantes orgânicos, essenciais para fortalecer o cinturão verde de Arapiraca e municípios vizinhos do Agreste alagoano.
Produção sustentável e inovação científica
O pesquisador Alverlan Araújo, aluno da Uneal, explica que a iniciativa utiliza sistemas hidropônicos para o cultivo de alface, couve, tomate cereja e pimentas de cheiro e biquinho, integrando diferentes níveis de bokashi – um adubo orgânico natural – e adubação mineral convencional.
“Os resultados já mostram que a adubação orgânica tem se mostrado muito promissora, superando, em alguns parâmetros, as hortaliças cultivadas no sistema convencional com adubo químico”, destaca o pesquisador.
Após a conclusão dos experimentos, os dados são analisados e divulgados em congressos e relatórios técnicos científicos. Além disso, as hortaliças produzidas são comercializadas em parceria com produtores locais e também utilizadas para consumo próprio.
Infraestrutura e impacto na comunidade
O Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca ocupa uma área de 3 mil m² e dispõe de laboratórios de tecnologia avançada, onde são realizadas análises químico-microbiológicas, de solo, água e irrigação, além de estudos sobre agrometeorologia e processamento de hortaliças e frutas.
A estrutura tem fortalecido a pesquisa científica em Alagoas, impulsionando práticas inovadoras na agricultura sustentável e incentivando o desenvolvimento das comunidades do Agreste.
