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terça-feira, 24/06/2025 | Ano | Nº 5995
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Resiliência

Agro exporta US$ 14,9 bilhões em maio

Desempenho reforça a capacidade de adaptação do setor, que abriu 25 novos mercados internacionais

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As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 14,9 bilhões em maio de 2025. Apesar de uma leve queda de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o resultado demonstra resiliência, mesmo diante da redução de 4,2% no volume embarcado. A retração foi parcialmente compensada pela alta de 2,9% nos preços médios dos produtos exportados.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, segue atuando na ampliação de mercados e na diversificação da pauta exportadora. Esse movimento ficou evidente em maio, com setores menos tradicionais alcançando resultados históricos.

Produtos como suco de frutas, sorvetes, papel, goiabas e batatas processadas registraram os maiores valores de exportação desde o início da série histórica, em 1997. O suco de frutas, por exemplo, saltou de US$ 11,3 milhões em maio de 2024 para US$ 25,5 milhões em 2025, crescimento de 126%. As exportações de sorvetes avançaram 78,6%, passando de US$ 3,6 milhões para US$ 6,4 milhões. A goiaba também dobrou os embarques, atingindo US$ 278 mil no mês.

Outro destaque foi a celulose, que registrou recorde tanto em volume quanto em valor: US$ 981,5 milhões e 2,1 milhões de toneladas, impulsionada especialmente pela demanda da China, que ampliou em quase 60% suas compras.

O mercado de carne suína in natura também apresentou crescimento expressivo. As exportações somaram US$ 274,4 milhões em maio de 2025, alta de 30,6% frente aos US$ 210,1 milhões registrados no mesmo mês de 2024. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pela demanda de países como Filipinas, Chile, Japão e Cingapura.

Produtos de nicho, como óleo de amendoim, manteiga de cacau e sebo bovino, também bateram recordes para o mês de maio. O óleo de amendoim, por exemplo, totalizou US$ 30,1 milhões em exportações, um aumento de 125% na comparação com maio de 2024 (US$ 13,4 milhões).

Apesar do primeiro registro de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil — identificado em 15 de maio, no município de Montenegro (RS) —, os impactos nas exportações de carne de frango foram parcialmente mitigados. A atuação rápida e coordenada do Mapa, aliada à comunicação constante com os parceiros internacionais, garantiu que as restrições impostas fossem pontuais e, em alguns casos, regionais.

Ainda assim, o setor avícola manteve desempenho relevante, reflexo da confiança internacional na sanidade da produção brasileira e na transparência das ações sanitárias adotadas.

Em maio, o Brasil também ampliou sua presença internacional com a abertura de 25 novos mercados, totalizando 381 acessos desde o início da atual gestão. Entre os novos destinos, destacam-se vários países africanos, resultado do fortalecimento das relações comerciais no âmbito do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, realizado em Brasília. A China, principal parceiro comercial do agronegócio, também recebeu missão presidencial durante o mês, reforçando a cooperação bilateral.

Setores consolidados, como o florestal e o sucroalcooleiro, continuam mostrando força. Apesar da queda nos embarques de açúcar, o crescimento das exportações para mercados como a China (+354%) compensou parte da retração em outros destinos. No caso do café, a valorização no mercado internacional também contribuiu para elevar o índice geral de preços.

O desempenho do agronegócio brasileiro em maio reforça a capacidade de adaptação do setor, que mantém ações estruturadas, diálogo permanente com os mercados e aposta na diversificação da pauta exportadora. A confiança internacional na qualidade, na sanidade e na regularidade da produção nacional segue como um dos pilares do posicionamento do Brasil no comércio global.

Com destaque para celulose, produtos registram os maiores valores de exportação desde 1997
Com destaque para celulose, produtos registram os maiores valores de exportação desde 1997 | Foto: Divulgação

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