Prejuízos
Incêndios criminosos em canaviais avançam em Alagoas
Diante da escalada dos casos, usinas têm reforçado o combate às queimadas intencionais e registrado boletins de ocorrência pelos danos causados


Com a chegada do verão, as altas temperaturas e a escassez de chuvas aumentam o risco de incêndios nos canaviais de Alagoas. Apesar das ações de conscientização promovidas pelas usinas junto às comunidades e do termo de compromisso firmado no fim do ano passado por autoridades e representantes do setor canavieiro, os focos criminosos de incêndio vêm se intensificando de forma alarmante na região.
Diante da escalada dos casos, as usinas têm reforçado o combate às queimadas intencionais e registrado boletins de ocorrência pelos danos causados. Segundo representantes das unidades industriais, esses incêndios não apenas destroem plantações ainda fora do tempo de colheita, como também causam prejuízos financeiros expressivos e colocam em risco a segurança de comunidades vizinhas às áreas cultivadas.
Além do impacto direto na produção, a fumaça se espalha por cidades próximas, comprometendo a qualidade do ar, reduzindo a visibilidade nas estradas e agravando os riscos para quem transita pelas vias. Trata-se de um problema que une prejuízos econômicos, ambientais e sociais, e que reforça a urgência no enfrentamento dessas ações criminosas.
Apoio e articulação
Diante do cenário, o presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida, colocou a instituição à disposição para dialogar com produtores rurais, associações de plantadores de cana e representantes das usinas, com o objetivo de ampliar o combate sistemático aos incêndios.
“No segundo semestre de 2024, há um ano, estive na Usina Santa Clotilde para um encontro com o setor produtivo e órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e punição dessas práticas criminosas. Na ocasião, elaboramos um termo de compromisso que previa medidas preventivas e de combate às queimadas, com iniciativas para reduzir a incidência na região canavieira de Alagoas”, destacou Álvaro Almeida.
Ele reforça que a Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas segue pronta para mediar o debate entre o setor privado e os órgãos públicos responsáveis pelo enfrentamento às queimadas. “É fundamental combater esses crimes, que afetam também a geração de empregos diretos e indiretos, prejudicando os trabalhadores rurais, peça essencial do sistema produtivo”, finalizou.
